O Ascarel é o nome comercial um óleo resultante de uma mistura de hidrocarbonetos derivados de petróleo, contendo Alocloro 124, uma bifenila policlorada(PCB). Trata-se de uma substância tóxica persistente, cujo uso deve ser abolido, nos termos da convenção de Estocolmo, em razão dos danos que pode causar à vida humana e ao meio ambiente.
O Ascarel é utilizado como isolante em equipamentos elétricos, sobretudo transformadores. A instalação de novos aparelhos que utilizem Ascarel foi proibida no Brasil em 1981, mas ainda existem muitos equipamentos abandonados contendo esse produto, notadamente em substações e em edifícios industriais. O maior risco é o de vazamento, quando do desmonte desses equipamentos para venda como sucatas. Um eventual vazamento pode causar sérios danos ambientais, incluindo não só a contaminação do solo mas também das águas, em especial, dos lençóis freáticos. Os riscos à saúde também são grandes: os PCBs são considerados carcinogênicos, afetando sobretudo fígado, baço e rins. Além disso, podem causar danos irreversíveis ao sistema nervoso central.
O Ascarel contém cerca de 40-60% (m/m) de PCB. A maior parte dos PCBs utilizados no Brasil provinha dos Estados Unidos e era fabricada pela Monsanto.
Incineração
ResponderExcluirDepois da queima, resta um material que pode ser encaminhado para aterros sanitários ou mesmo reciclado. É recomendada a reutilização racionalizada dos materiais queimados para a confecção de borracha, cerâmica e artesanato. O Obelisco de Ipanema foi realizado com entulho de concreto incinerado.
Com a incineração é possível uma redução do volume inicial de resíduos até cerca de 90% através da combustão, a temperaturasque se elevam a mais de 900°C. Por isso tem vindo a ser implementado em zonas de grande produção de lixo. No entanto, certos resíduos liberam gases tóxicos aos serem queimados. Nesses casos, para evitar a poluição do ar, é necessário instalar filtros e equipamentos especiais – o que torna o processo mais caro.
Trata-se de um sistema útil na eliminação de resíduos combustíveis, não tendo vantagens para outros materiais como, por exemplo, vidros e metais Plásticos. Devido ao seu elevado teor em água, a matéria orgânica (que constitui cerca de 36% dos RSU) possui um baixo poder calorífico e como tal não é interessante incinerar sob o ponto de vista energético.
Interior de um forno de incineração.
Deste processo resultam como produtos finais a energia térmica (que é transformada em energia eléctrica ou vapor),águas residuais, gases, cinzas e escórias. Os gases resultantes da incineração têm de sofrer um tratamento posterior, uma vez que são compostos por substâncias consideradas tóxicas (chumbo, cádmio, mercúrio, crómio, arsénio, cobalto e outros metais pesados, ácido clorídrico, óxidos de azoto e dióxido de enxofre, dioxinas e furanos, clorobenzenos,clorofenóis e PCBs).
Um incinerador gera também emissões de dióxido de carbono, agente causador do efeito estufa. Como parte do processo, fazem-se necessários equipamentos de limpeza de gases, tais como precipitadores ciclônicos de partículas,precipitadores eletrostáticos e lavadores de gases.
O efluente gerado pelo arrefecimento das escórias e pela lavagem dos gases, terá de sofrer um tratamento adequado uma vez que, de acordo com a legislação da União Europeia, é considerado um resíduo perigoso. Com a queima dos resíduos, é possível aproveitar energia térmica gerada transformando-a em energia eléctrica que será posteriormente "comprada" pela Rede Nacional de Distribuição. Por estes motivos, havendo assim valorização do resíduo, a Incineração surge imediatamente acima da deposição em aterro controlado, segundo a Hierarquia de Gestão de Resíduos.
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